quarta-feira, 26 de setembro de 2012




Passam as estações e cá estamos acordando cedo, escovando os dentes, dirigindo carros, engolindo sopas, derrubando coisas e beijando bocas.

Da onde vem a motivação e inspiração ? é indeliberado ?

De uma noite fria, com capucino, xícara, gato, lã, nude.
De uma tarde ensolarada, com sunga, água, bola, vermelho escarlate.
De uma manhã preguiçosa, com coberta, despertador, leite, azul marinho.

Pinga e Pong nos meus olhos cansados, que abrem dia após dia na esperança de algo mais visceroso, concreto, iluminado. Pinga e Pong na boca que fala as frases calculadas da rotina viciada. Pinga, pinga, pinga.... como gota de chuva inacabada que incomoda o sono, como destilado alcoólico que me faz esquecer.
Como aquele pleonasmo favorito que é erro e não incomoda, ou aquele pensamento envenenado que está com os ingredientes vencidos. Como colher de açúcar para o chá que não adoça, azeda. Como uma síntese daquilo que eu não queria ser e sou.

Tudo que é mais difícil de  lidar  é mais fácil de destrinchar seu significado, para que pareça confuso.
E o que não se entende normalmente não existe, não é real ou verdadeiro. Fica muito mais difícil ser objetivo e dizer que o gelo é gelado e o triangulo tem três lados.

E lá se vão mais 4 estações inventadas ...e nós aqui inventando caras, gestos, personalidades, vidas ...e deixando a realidade passar correndo em direção ao cemitério.




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