quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Meus dias nublados em fim




Passeio mais uma vez por um dia vazio que vaga, com cheiro de chuva que passa, neblina que voa, partida e desapego. São 7h15, hora de levantar e encarar a rotina cansada e cheia de artroses, cólicas, dores de cabeça, tontura e pressão alta. Pego o caminho costumeiro sem ao menos desviar-me das mesmas calçadas, pessoas no ponto, cachorros que atravessam e carros que passam, o dia é sol,  o dia é nuvem, o dia é nada ou tudo, lá estou eu no mesmo caminho enfadado...
E as horas passam, foco-me ou não nas atribuições de praxe, nos procedimentos e nos horários a cumprir, sigo aquela linha igualitária por entre os segundos que voam e me estapeiam com disperdicio de vida ou que param e me afogam no tédio do preto e branco. Chega a noite e as luzes dos farois me cegam mas não me trazem adrenalina e nem cores, mais horas , mais objetivos metódicos  a cumprir e o sentimento ali, carente e de lado. O fim mostra duas coisas, cama e reflexão, que insiste em bater na minha cabeça borbulhando ideias , promovendo questões sem fim, vagando longe e depois tão perto, sobre tudo, sobre todos, sobre a vida, ...sou feliz? e o Processo recomeça na busca de cores, movimento,um amor e ser amado,... felicidade.

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