sexta-feira, 31 de agosto de 2012



Olha eu de volta...

Outros quinhentos.

Tava aqui analisando como a gente trava uma batalha árdua contra a inveja dia a dia ( sim, mesmo aquela coisa que chamamos de inveja "branca" traduzida em  uma vontade inofensiva e banguela de ter aquilo que o outro tem sem nenhuma maldade, sem nenhuma maldade? ) Pq no fundo sabemos que essa é tão inveja como a outra ( menos ou mais má ) mas é;
Será que essa vontade de ter o que o outro tem é uma necessidade de fazer parte do seu círculo social, da sua roda de amigos, da sociedade de forma geral? Se todos que conheço e que gosto (ou não) tem um carro zero, eu por obrigação, ou inveja, ou desejo instantâneo, tenho que ter um pra ser feliz também? e se não tenho automaticamente aplica-se aquela dose do querer que  o outro não tivesse? ou sei lá... que fosse um carro um pouco menos bonito e estiloso.

Sem hipocrisias, todo mundo já passou por essa situação, em grande, média ou pequena escala ( todos os dias ) ou uma vez ao ano. E quem disse que não, desculpa... além de continuar sentindo isso ainda é mentiroso.

Nunca foi das minhas escolhas criar uma personalidade de isopor cheia de clichês que a sociedade diz estar certa e bonita, pelo contrário, sempre preferi explorar justamente aquilo que não é considerado bom e debater sobre o porque de todos os porquês daquele errado.

Prefiro analisar as angustias e negatividades, entende-las um pouco melhor e estar em paz que: vez ou outra nós seres humanos somos podres e vergonhosos e isso não precisa ser um oitavo pecado capital e nem nada disso, do que ficar por aí, fingindo ser perfeito de segundas a sextas.Guardem as fogueiras e cruzes, não...não estamos a fim de ser julgados por mais seres humanos.

Dando voltas nessa reflexão um tanto complexa cai no sentido de toda a inspiração pra  postagem: a nossa liberdade!

Liberdade em ser quem queremos ser, pronto, ponto. Dois pontos: ser aquilo que pode, sem achar que deveria ser mais pra agradar alguém, ou para agradar a você mesmo. Nem sempre é possível agradar, achar que o que se vive é ideal, feliz, duradouro, confeitado.Deitar com conforto sobre a manta dos seus defeitos, por piores que sejam, afinal ter defeitos é uma característica comum a todos, essa, imune aos invejosos.

Liberdade em ficar em casa num sábado a noite vendo aquele programa da madrugada, com uma travessa de brigadeiro e o gato ao lado sem que pareça a tipica cena do solteirão depressivo. Se precisar abra a janela do quarto e grite bem alto que está feliz e que pra isso não precisa casar em um altar, usar o vestido de noiva mais caro, ter um milhão de amigos, posses, dinheiro, moedas, bagulhos ou autógrafos de ouro.( você tem liberdade pra isso, mas fique de olho no horário, não vá gritar pós 22h30 )

Pra ser feliz basta  ter a liberdade de se estar bem consigo mesmo, pois esse é o primeiro passo,... o resto? a...o resto são outros quinhentos.




3 comentários:

Charmed One disse...

Temos inveja ate do nosso parceiro inconscientemente, pois estudos dizem q nos apaixonamos pelas caracteristicas do outro q gostaríamos de ter e n temos coragem...felicidade realista...nada idealizado...gostei =)

Charmed One disse...

Temos inveja ate do nosso parceiro inconscientemente, pois estudos dizem q nos apaixonamos pelas caracteristicas do outro q gostaríamos de ter e n temos coragem...felicidade realista...nada idealizado...gostei =)

Anônimo disse...

também adoro a solidão,tbm não acho que seja uma cena triste ficar apenas com a companhia do gato,quando estamos sozinhos acabamos nos conhecendo melhor,todas as nossas manias,gostos ficam em evidencia,não precisamos ter postura ou impressionar ninguém,enfim,a solidão é um bom momento para nos conhecermos melhor.

Eduardo